quarta-feira, 2 de novembro de 2011

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Quando era novinha, perdia horas de sono imaginando um príncipe encantado que me olharia, se apaixonaria e faria de mim a mulher mais feliz do mundo. Achava que nosso encontro seria casual; daqueles que vemos em filmes onde os protagonistas se encontram na fila da padaria ou no escritório onde trabalham. Meu príncipe seria bonito, inteligente, paciente e teria um dom especial como fazer música ou cozinhar. Depois de algum tempo de namoro nos casaríamos, teríamos um par de filhos lindos e um cachorro sapeca no quintal. Eu seria dona de casa, esposa, jornalista e mãe. Ele seria meu marido atencioso.
Depois de crescida, descobri que o mundo não é tão colorido como eu pensava. Vejam bem, não estou sendo fatalista, é apenas a constatação da minha verdade.
Meu “primeiro amor” não me via. Ele sabia da minha existência porque eu tinha a fama de ser a “menina esquisita”. Acho que nunca trocamos uma palavra. Depois, comecei a sonhar com outro rapaz. Ele fazia brincadeiras idiotas como gritar no ouvido e chutar o traseiro. Em resposta eu lhe jogava livros. O próximo dizia ser meu amigo, mas nunca quis saber de meus sentimentos, nem que fosse para dizer um “não educado”. O seguinte foi achado na internet, parecia que eu havia tirado a sorte grande. Qual o quê! Ele só queria sexo e não quis saber de mim. Da última vez, as flores vieram. Mas logo foram embora porque o Orkut me informou que o moço estava namorando e a eleita não era eu.
Não sei dizer quantas noites passei chorando ou quantas comédias românticas foram necessárias para que eu montasse a ilusão do “namorado”.
Meu primeiro beijo foi aos 18 anos em uma boate escura com rapaz que não conheço. Nunca tive “primeiro amor”. Não sei o que é uma discussão de relação porque meus envolvimentos não duram mais que três meses. Os namorados que tive e conto para as amigas são inventados. Já conheci cinco homens pela internet que depois não falam se quer um “oi” comigo. Nunca pude colocar no Facebook o estatus “namorando”. Nunca tive sogra e minha mãe nunca teve genro. ÀS vezes sinto inveja de minhas amigas que têm namorado. Nunca assisti a um filme em baixo das cobertas abraçadinha a meu amor em um domingo frio. A solidão dói e saber que não tenho sorte no amor acaba com qualquer uma.
Todos dizem para eu não correr atrás, que virá no tempo certo. Mas é insuportável perceber que o tempo passa e você vai ficando e que não existe nada para ser feito. O ato de “correr atrás” me dá a falsa sensação de eu posso mudar minha vida
E sabem o que é mais engraçado nesse drama todo? É que eu ainda acredito que as coisas darão certo e que eu vou ser muito feliz. Tenho certeza de que vou achar a pessoa que segurará minha mão quando, na velhice, formos passear na praça.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Se alguém algum dia ler este texto pode me contar qual é o meu problema?
Sei tocar violão, canto bem, sei conversar, não bebo para ficar bébada e não uso drogas ilícitas. Não sou barraqueira e respeito a opinião dos outros. Não abro as pernas para todo sujeito que passa. No máximo dou um sorriso e uma conversa. E, sabem, até que sou bonitinha.
Então me conta, qual é o meu problema?
Na época da escola eu até que tinha amigos. Conversava muito e ria de praticamente tudo. Nos fins de semana eu saia, ia para a casa deles ou ao cinema, ou á qualquer outro lugar, Ia á festas. Conversava. Vivia
Então me explica, qual é meu problema?
Hoje não saio. Ainda sou ainamda mas isso não resolve meus problemas. Quando encontro um possível parceiro de balada, já me convido para sair com ele. Tento combinar alguma coisa, algum passeio que me faça esquecer minha solidão.
Mas ninguém quer sair comigo. Sempre têm um compromisso.
Não entendo porque de uma hora para outra já não tenho amigos. Sou legal, juro. Será que é porque não tenho um namorado e porque não acho interessante ficar bébado todos os sábados do mês?
Ou, será que a culpa é dos sons alternativos que escuto? Devo escutar pagode e funck para conseguir amigso?
0utra pergunat: devo ser burra e patética para arrumar um namorado nesses tempos modernos?
Então me explica, por favor, QUAL É O MEU PROBLEMA?????

quarta-feira, 3 de março de 2010

Versinho desesperadamente tosco

É, hoje a ficha caiu. Descobri que o meu problema é a distância que mantenho do sexo oposto. Alguns chamam isso de "segurança", pra mim é burrice mesmo.
Hoje, por exemplo, colegas de trabalho me deram boa tarde. Eu nem consegui olhar direito para eles. Uma vergonha!
Mas, o que vocês querem que eu faça? Depois das minhas desventuras (em série) o único homem do qual não tenho medo é meu pai.
Eu sonho com abraços fortes e beijos quentes. Mas o meu medo é maior que qualquer sonho.
Sei lá, talvéz um dia apareça um cara valente que me tira da caverna que eu criei.
Ou talvéz não. Melhor nem pensar nessa possibilidade.

ps: é, só eu sei, quanto amor eu guardei...er

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Chorar de novo. E recomeçar!

Pois é, novamente vim falar sobre minhas dores de amor, só que dessa vez não sei como me expressar.
O fato é que está doendo muito, sinto até falta de ar.
Parece que todas as dores dos meu ex amores frustrados reapareceram para me dar "bom dia."
Vocês se lembram daquele garoto garboso que eu pensei ter aparecido na minha vida, pra deixar tudo mais colorido?
Pois é, ele não fez isso. Só abriu a porta do meu coração, bagunçou tudo lá dentro, quebrou algumas coisas valiosas e depois se foi.
E eu fiquei esperando por ele, exatamente como ele me pediu...
E pra quê? Pra no fim eu descobrir que não valho nem o respeito de um homem?! Por que ele não me disse somente "não quero você"?
Isso tá doendo demais.
E, sabem o que é pior?
Eu não tenho raiva dele, mesmo destroçada, eu não tenho raiva.
Hnerique, felicidades pra você e para o seu amor. Muitos dias coloridos para vocês.
Quanto a mim, vou ficar aqui. Esperando a minha vez de ser feliz...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

As palavras e eu

Ultimamente só faço desabafos com as palavras...
Isso não se deve ao fota de eu não ter amigas, de forma alguma. Graças aos Céus eu até tenho algumas.
O caso aqui é outro. Se eu mesma não aguento mais me olhar no espelho e perceber que estou triste por amor, imagine só minhas poobres amigas?
As coitadas não aguentam mais me ouvir entoar o mantra: ninguém me ama, ninguém me quer.
Cá entre nós, é chato mesmo.
Mas as palavras, essas não se cansam. Recorro á elas todas as vezes que o choro está próximo.
E elas, de tão boazinhas, me escutam pacientemente.
Sim, é fato que estou cansada de ficar sozinha. Também estou exausta de ouvir "eu gosto de você".
"Eu gosto de você" não me faz feliz!!!
Me faz feliz uma mensagem de bom dia, uma "como vai você" (ainda que seja por MSN), bastaria um toque no celular antes de dormir para me deixar feliz.
Eu achoa que sou mesmo uma idiota, me contento com tão pouquinho...
Penso como.. Hummm, não me lembro o nome de quem disse essa frase, só sei que ela diz que "para se estar junto não é preciso estar perto, é preciso estar dentro".
Só quero algume que tenha esses poucos gestos e um pouquinho de tempo para me ver de vez em quando.
Enquanto quebro minha cabeça e meu coração procurando, vou desabafando aqui.
A essa altura do campeonato, só as palavras tem paciência para ouvir minhas tristezas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Sobre o tal negócio de namorar...




O que é mesmo namorar? Eu acho que me esqueci como é... Alguém aí sabe?
Faz tempo que eu não namoro, então eu não me lembro mais nem se é bom ou se é ruim.
Se bem que de uns tempos pra cá eu andava meio que namorando sem estar namorando.

Ok, deixa eu explicar melhor: Tudo começou quando de repente eu vi todos os meus amigos se casando ou ficando noivos, e aí eu entrei em pânico. Eu não tinha um namorado e já não havia dedos em minhas mãos nem em meus pés pra eu contar a minha idade! (E sim, eu sou normal: 20 dedinhos ao todo.)
Então um belo dia – aliás, foi à noite, eu me lembro muito bem – estávamos um amigo e eu conversando sobre esse medo de nos tornar velhos e sermos incluídos nas estatísticas dos velhos que são jogados em asilos, onde morrem sós (Nem sabíamos se havia uma tabela com tais números, mas o clima estava tão propício para o drama, que a gente nem se preocupou.).

Daí surgiu uma ideia que só poderia ter partido da minha cabeça, é claro, sobre caso chegássemos aos 30 anos solteiros e ainda sozinhos, nos casaríamos um com o outro.

Mas como fazer valer tal acordo? – Pensei um pouco mais e sugeri que assinássemos um contrato!

“Eu, fulaninha de tal, declaro que aceito me casar com fulaninho de tal quando completarmos 30 anos, tentando ama-lo e respeitando-o para sempre ou até o meu último dia de vida, ou último da vida dele, para que ele não sofra ao ser jogado velho, num asilo, condenado pelo resto da vida à solidão.

Assinatura.”


Nada com validade jurídica ou todo aquele blábláblá formal. Seria um contrato para guardar e rir um pouco quando ficássemos mais velhos ao relembrar do passado.

Ele aceitou, mas a ideia do contrato não saiu das nossas cabeças. Fomos adiando e adiando, enquanto o nosso relacionamento passava de amigos para amantes. De repente, havia passado um ano inteiro e estávamos tão juntos, que até saímos numa “quase lua de mel”. “Quase” pelo fato de que, pasmem, não fizemos amor.

Ser amante não quer dizer necessariamente que deva rolar sexo e outras coisas. A gente simplesmente se tornou cúmplice um do outro totalmente. E trocávamos carinhos, fazíamos planos, nos ajudávamos, e um sempre contava com o outro. Pra tudo. Ele se tornou prioridade na minha vida. E eu acho que também passei a fazer parte do conjunto de coisas importantes da vida dele.

E foi aí que vieram as pessoas. Eu odeio as pessoas! Bah, elas sempre querem saber de tudo! Então como era previsto, elas começaram a me perguntar o que rolava entre a gente. E eu me peguei sem resposta.

É namoro? – Não.
Amizade colorida? – Que vulgarzinho esse modo de chamar as coisas, hein? Não.
O que é que está rolando então? – Cara, a gente se ama!
É só pegação? – Ugh...

Eu nunca havia vivido um relacionamento assim. Logo, eu não sabia como classifica-lo. Nem sei ainda muito bem explica-lo. É intenso, é romântico, é único, é perfeito, é dotado de uma cumplicidade tamanha, que só falha quando eu cismo de brincar de adivinhações. Porque a tal da metanoia da vida às vezes é deveras chata! E um relacionamento precisa sim, de alguns mistérios de vez em quando. Não falo em esconder as coisas. Mas é legal brincar de adivinhar. E mais legal ainda, é quando acertam o que você queria dizer por exemplo, quando você está louca para ir ao cinema ver aquele filme que entrou em cartaz, e você começa a encher o seu amor de mimos, esperando que ele a convide. Ok, exemplozinho bem fútil este, mas serve para ilustrar sim.

Mas como eu já disse em outra ocasião e volto a dizer, eu odeio me importar com o que as pessoas falam e pensam. Mas foi baseando nisso que eu acabei tomando uma decisão para que parassem de me azucrinar com questionamentos a respeito da nossa vida de casal.

Fui falar com o meu amigo colorido (Putz! Isso soou muito gay.) enfim, eu fui discutir a relação. Mas ele não entendia muito bem o que eu queria.

Confesso que não sou muito boa com esse negócio de botar as cartas todas em cima da mesa. Eu sempre fico guardando algumas, brincando de jogo de adivinha, torcendo e esperando que vençam. Não gosto de me expor muito e nem sei o porquê disso. Afinal, eu sempre defendi a cumplicidade em todo e qualquer tipo de relacionamento. Mas havia algo, neste caso, que me prendia e não deixava eu ser clara e objetiva o suficiente para simplesmente chegar logo ao X da questão.

Depois de tentar três vezes, eu me senti derrotada. Não acreditava mais que poderia dar certo.
Em outras palavras, eu joguei indiretas completamente diretas na cara dele e ele continuava dizendo que não sabia o que se passava comigo, que eu não falava coisa com coisa, não expunha o que eu queria.

Chegamos num ponto em que nem nos falávamos direito mais e tudo se resumia em mensagenzinhas de bom dia no celular, pela manhã.

Daí ontem à tarde eu o coloquei contra a parede e o ameacei com a minha espada!
E aí ontem à noite ele disse que queria namorar comigo.
Então eu me senti ridícula e disse que não queria mais. (É, vai entender as mulheres... Nessa hora nem eu me entendi.)
Daí ele pegou um apagador, apagou tudo de errado que havia e me pediu em namoro.
E eu virei a namoradinha dele.
E ele o meu namoradão.
É que eu sou pequena, sabe? Na altura, mas só quando fico ao lado dele.

fim!

Ah, voltando-se ao porquê deste post, meu namorado (Wow, que massa falar isso!) chegou a mencionar que "estar namorando" (perdoem-me por tanto gerundismo que usei neste texto) é só uma questão de status. Que ele sempre me amou, que me ama e vai sempre me amar. E que estamos juntos, e que ele quer ficar junto de mim pra sempre. Sim, ele é romântico pra caramba e eu ganhei na loteria! Uhullll...

Agora, eis que surge o desafio: como mostrar ao meu namorado, que estar namorando não é só um status que se altera?

Ai ai, o amor é lindo...
E complicado. ._.


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Rabiscado em 20/11/2009 e postado agora.
Preciso arrumar tempo...
Ainda bem que existem papel e caneta que me acompanham sempre dentro da bolsa! [=

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre paciência e idiotice

Hoje eu vim conversar sobre paciência.
Me pediram isso outro dia, mas eu estou morrendo por dentro.
Ele não sabe, não vê...
Me acho uma pessoa compreensíva; entendo que ele tenha seus trezentos quilos de problemas, mas não aceito muito bem o fato de ele se "fechar em copas" se esquecendo da minha pequena existência.
Ele não me deixa fazer cafuné. Não quer que eu ajude.
Acharia tão mais dígno da parte dele se ele terminasse com isso tudo logo de uma vez! Será que ele não enxergar que esta situação de tempo está me fazendo muito mal?
Ele some, desaparece, não dá um sinal de vida. E eu que me vire com minhas tristezas e inseguranças, bem longe dele?
Isos é injusto! Chega a ser cruel.
Ele deveria ter aprendido que não se deve falar "eu gosto de você", se você não gosta. Esse tipo de frase tem um efeito muito grande em quem escuta, faz com que a gente acredite.
E depois, para desacreditar, dá um trabalhão danado.
Acho que meu coração está cansado, muito cansado...
Todos os meus ex-amores me fizeram mal. E não diga que meu texto é de mulher "mal amada", você não sabe da missa um terço.
Eu sou uma idiota. Uma idiota por ter beijado ele, uma idiota por ter ficado feliz pelas coisas dele, uma idiota por aceitar "dar um tempo" e não ter terminado tudo de uma vez. Uma idiota por esperar coisas que não vão acontecer...