sábado, 14 de novembro de 2009

Às vezes acho que de tanto ver filminho e séries americanas, acabo me contaminando a respeito de algumas coisas...

Bah, sem enrolação por hoje porque eu estou com pressa e preciso cuspir algumas palavras aqui antes de botar os pés na rua.
O que eu quero dizer é que às vezes odeio estar aqui simplesmente...
Ter a família que eu tenho - não que ela seja ruim - mas eu queria não dar tanta importância a certos valores, a ponto de ser eu e fazer tudo o que sinto vontade.
Não que eu seja uma pessoa reprimida ou falsa, que não faz nada por medo de ser julgada. Mas se eu não tivesse que me preocupar com o que os outros pensam, eu acho que eu seria muito mais feliz. Aliás, não só eu, mas o mundo inteiro seria se todo mundo dissesse tudo às claras e na cara. E daí que ia ser um caos? Acredito que tudo nessa vida é questão de adaptação...
Morar no Brasil é foda! Morar em cidade pequena é mais foda ainda! (Usei a palavra "foda" aqui para significar difícil, ruim, complicado, enfim, você, brasileiro, já sacou o que eu quis dizer...)
Pra "ilustrar" a que me refiro: Se eu acordar amanhã com vontade de ir a um motel, é preciso sair da cidade. Não que não haja bons motéis por aqui. Há sim. Mas como eu disse, moro em cidade pequena, onde as pessoas veem, comentam, se comunicam, a informação sofre alterações tomando proporções gigantescas e causando estragos ainda maiores e assustadores às vezes.
Se eu for com meu marido, comentam. Imagine no que dá se eu for com o meu amante? E se eu não tenho namorado, então? Qual a repercussão? Consegue imaginar? De princesinha do papai, eu me transformo em puta. Filmam e colocam no youtube a minha entrada no motel. Isso se não houver uma câmera escondida em forma de caneta ou dentro do guarda-chuva no quarto. (Meninas, fiquem atentas aos objetos que não fazem parte do cenário!)
Aqui onde eu moro, se me pegarem, colocam a informação no jornal local dentro na coluna(?) de fofocas. É claro que ocultam o sujeito, às vezes usam pseudônimos, mas no fim das contas, já que todo mundo conhece todo mundo, acabam descobrindo quem é o protagonista da historinha.
Odeio viver onde todo mundo se preocupa com a vida de todo mundo dessa forma!
Ah, uma observação a respeito da palavra "puta": não que tal palavra tenha um peso em si. Aliás, todo mundo sabe que tem. E mesmo que ser chamada de puta quando se está entre quatro paredes seja excitante, a palavra soa diferente do lado de fora do quarto. Então é isso o que leva algumas pessoas, as que se preocupam, é claro, a saírem da cidade para ir a um motel quando sentem vontade.

Mas voltando ao que eu dizia antes, lá no início, e que não tem muito a ver com o fato de acordar e querer ir a um motel, - porque na situação em que me encontro, não tenho vontade nem alguém interessante pra me levar... Eu queria não me preocupar tanto com o que pensam e falam sobre mim. Talvez gostassem mais ao saber dos meus gostos, sabendo quem eu sou. Ou talvez se assustariam e aí me deixariam em paz de uma vez por todas. Não quero ser o que as pessoas querem.

Ok... O que eu não queria, sinceramente, é ser tão covarde.
Argh! Que papo carente. ¬¬'
Vou terminar de me arrumar e sair pra ver algumas paisagens de sábado à noite.
E comer algo, se o sr. meu estômago permitir.
Não, eu não vou comemorar minha solteirice. (Ah, sim... Minha solteirice é papo pra outro post, outra hora, outro dia, outro tempo, semana que vem, quem sabe...)
É que como uma pessoinha que eu conheço sempre fala: "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite", então...

Beijinho e bom sábado!
Espero voltar bêbada.
Ou simplesmente não voltar.

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