quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dos meus rabiscos, um...

"Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre."
Tati Bernardi

Daí talvez eu não sufoque tanto as pessoas
e talvez me doa menos.

O que eu tenho?
Ah, de material eu nem tenho tanta coisa assim que nem as namoradas amigas minhas. Eu tenho duas fotos, um leão, um cartão e uma carta. Só. Eu não tenho muita coisa material, veja você; mas eu tenho uma coisa que é maior que tudo o que eu, você, ele, enfim, poderíamos ter nas mãos; falo de pegar. Porque não se pega o amor, já pensou se fosse possível tocá-lo? Aí nem teria tanta graça como se imagina que teria. Porque ele nem poderia ser tão grande como o que eu tenho aqui, enorme, gigantesco, tão extenso e tão intenso que eu poderia passar o resto da minha vida escrevendo em todos os papéis do mundo, e morreria sem ter escrito sequer metade. Se bem que eu não escrevo em papéis, a não ser quando tenho aula de psicologia ou de economia, ou quando estou no consultório aguardando até que chegue minha vez de ser atendida.
Eu o amo. E não é algo assim que se pode deixar de sentir se ele me magoar, irritar, enfim, não é algo assim. Porque às vezes ele me magoa, me irrita, e me desanima... Mas o que eu sinto é tão grande, tão forte, que aperta tanto e machuca e dói, tanto, tanto, tanto por ser grande, que metade disso saiu de mim e foi morar dentro dele.
E quando é noite e eu me deito e fecho os olhos, sinto como se eu levitasse. E até sinto as tais borboletas no meu estômago. Sabe do que se trata? - É aquele frio, aquela sensação de elevador subindo ou descendo, aquele enjôo gostosinho, lembra da hora em que o avião levanta voo? E da hora em que ele se inclina? Pois é...
Faz pesar as pálpebras e os pulmões precisarem de ar... Fundo...
Eu queria poder colocar aqui pelo menos uma pequena fração do que é o que eu estou sentindo agora. Mas é saudade. Que dói tanto que até parece ser maior que o amor. Mas não. Como eu disse, eu passaria o resto da minha vida escrevendo até que meus dedos se enchessem de calos e eu não conseguiria mais pegar na caneta. Aliás, até não haver mais gigabytes a serem preenchidos no cyberespaço. Uhulllll!
É, meu caro, o cupido me flechou. E eu tenho certeza de que ele acertou em cheio o alvo.
E agora... Agora eu estou fudida.
Fudida, mas feliz.
(:


Espere aí!
Eu disse que não é possível tocar o amor.
Mas o meu amor eu toco. Eu pego, abraço, beijo, mordo...
O amor que eu não pego, é o sentimento. Mas ele é tão forte, que acho que dá pra pegar sim.
Hmmmm, se bem que foi ele que pegou em mim.

~

Será que alguém me sacode porque eu estou começando a me sentir ridícula escrevendo essas coisas?
Ah, quer saber... Foda-se! Vou publicar logo isso aqui porque eu tenho ainda que me arrumar e ir trabalhar.

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